A ansiedade é uma sensação desconfortável de medo, que leva a que as emoções sejam limitadas pelo desejo de se querer evitar qualquer coisa que pareça perigosa.
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Um dos aspetos a destacar na ansiedade é o estado de alerta fisiológico que o carateriza. Medo e ansiedade resultam num estado de alerta com aumento da atividade simpática do cérebro que afeta não só a atividade cardiovascular e o sistema de condução dérmica, mas também aumenta a velocidade dos reflexos e a tensão muscular. Em caso de ansiedade intensa, o corpo prepara-se para a fuga ou para a luta.
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“As perturbações de ansiedade parecem ser perturbações de autoconfirmação de expetativas e quanto mais intensa a expetativa da ansiedade, mais forte a tendência para evitar a situação. Evitar ou escapar da situação temida permite reforçar a ansiedade que se torna mais enraizada.”*
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O que distingue ansiedade e medo?
A ansiedade é um sinal de alerta, indica um perigo iminente e capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça. O medo é também um sinal de alerta semelhante, mas deve ser diferenciado da ansiedade, pois representa uma resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida ou não conflituosa; por sua vez, a ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, interna, vaga ou conflituosa.
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Relativamente aos sintomas que caraterizam a ansiedade, os mesmos podem ser analisados e agrupados de acordo com 3 aspetos: a atividade fisiológica (física), as sensações subjetivas (emoções) e as alterações do comportamento que provoca.
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A nível de sintomas físicos poderá provocar palpitações, taquicardia, fadiga, fraqueza, insónia, calafrios, ruborização, sudorese excessiva, sensação de nó na garganta, opressão no peito, boca seca, náuseas, vómitos, diarreia, tremores…
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A nível emocional poderá levar à sensação de estar tenso, de nervos, de ser facilmente assustado, à dificuldade de concentração ou de memória, ao aumento da irritabilidade ou da agitação, à tristeza constante, à sensação de que algo de mal vai acontecer.
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A nível de alterações do comportamento poderá levar:
. ao exagero no tamanho do perigo, nas dificuldades das situações;
. à dificuldade para tomar decisões;
. à baixa autoestima;
. à falta de confiança;
. à imobilidade para evoluir na profissão e outras actividades;
. a reagir excessivamente aos estímulo;
. ao preferir o programado e não gostar de improvisações;
. à dificuldade para novos relacionamentos.
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*Ferreira, Marlus Vinícius Costa (2008), Tratamento coadjuvante pela hipnose.
Sadock e al (2009), Compêndio de Psiquiatria.
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